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“As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.
Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.
Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.”
Com certeza, essa é uma práxis que perpetua a dependência de vários pacientes que procuram unidades de saúde e que, ao mesmo tempo, faz com que muitos simplesmente fujam de consultórios. Quantas vezes você já ouviu relatos do tipo:
“O médico nem escutou o que eu tava dizendo. Só me olhou e entregou a receita. Um montão de antibiótico e pronto.”
Isso não se restringe apenas a antibióticos. O distanciamento médico-paciente tem, no mínimo, quatro décadas. Tenho uma vizinha de 75 anos que mora sozinha (os filhos a visitam com frequência), vai à feira, faz suas compras, leva a cachorrinha a passear todas as manhãs e tardes, tudo devagarinho, mas com precisão e acerto. Noutro dia mostrou-me uma enorme bolsa de pano onde guarda centenas de cartelas de remédios que lhe entregam “aos montões”, como diz, cada vez que vai ao médico.
“Não tomo nada!” diz ela. “O médico mal pergunta o que sinto. É remédio demais e fico com medo! Eu não preciso disso!”
Quem sabe não é hora de os especialistas retomar o velho caminho da prevenção?¿ De cuidar mais de aspectos como sono, alimentação realmente nutritiva e saudável, denunciar os críticos casos de poluição ambiental que, sabidamente, adoecem populações inteiras (Veja-se somente o caso de Bariri-SP, publicado neste blog)?¿
Temos de alcançar urgentemente o momento onde o natural seja o mais comum e a procura de soluções nem tão mágicas, mas que exijam de cada indivíduo esforço e consciência, sejam uma constante.
Fonte da informação original: BBC Brasil e Terra