O desequilíbrio corporal tem causas que devem ser verificadas em vez de ignoradas.
Por Especialistas
Nosso corpo se expressa através do riso, das dores, da palidez, contraturas, tremores, suores, lágrimas, desarranjo intestinal, dentre outros. O organismo manifesta imediatamente todas as emoções, até mesmo aquelas que queremos esconder de nós mesmos.
Quando o corpo reclama, temos consciência que não estamos em ordem, ou seja, temos consciência de que não há harmonia interna. A doença é o resultado desse desequilíbrio onde o corpo e a mente perdem a unidade. E assim, nos tornamos propensos ao resfriado, à diarréia, à crise de herpes e à dor de cabeça.
A Organização Mundial de Saúde definiu Saúde como um estado perfeito entre o bem-estar físico, psíquico e social, e não apenas uma ausência de doença.
A pessoa pode não ter uma doença, mas estar sempre irritada, mal humorada, se isolando dos outros e, agindo assim, está longe de ter um comportamento considerado saudável.
Observar os sintomas e o que eles querem dizer, trazer à tona os conflitos que não queremos ver, prestarmos atenção no pensamento e nas emoções que estão surgindo é uma lição que devemos aprender o mais rápido possível.
A doença deve ser encarada como um caminho para o autoconhecimento, que nos leva às transformações e à retomada da unidade entre corpo e mente.
O modo como vivemos é determinado pelas nossas escolhas. Nós escolhemos o que pensar, nossa alimentação, nossas ações, as palavras. Denominamos isso: atitude.
Desequilibramos nosso corpo com nossas atitudes, por exemplo, sobrecarregamos nossa vesícula biliar com nossos pensamentos raivosos e obsessivos, que ficam se repetindo na mente e como consequência, sentimos náuseas, calor excessivo, palpitações, a boca fica amarga, contraímos todos os músculos. Tudo isso só com o poder do pensamento.
Todos nós já experimentamos pensamentos eróticos ou de medo e, imediatamente, somos envolvidos por reações fisiológicas. O corpo reage rapidamente produzindo hormônios, palpitações, tremores. Portanto, não é surpresa alguma entender que todos os pensamentos e emoções provocam reações diversas no organismo, e cada palavra que ouvimos afeta profundamente o funcionamento do corpo.
Chega de reclamar! Vamos encarar a causa dos nossos problemas, entendermos que todas as emoções têm uma função importante, que não adianta querer ignorar.
Pessoa ansiosa tem uma tendência maior a desenvolver gastrite. A colite normalmente aparece em pessoas com comportamento compulsivo e obsessivo e a insônia se apresenta para aqueles que são preocupados demais, que querem controlar o futuro.
A mente influencia diretamente no nosso sistema imunológico, na produção das enzimas, anticorpos, hormônios e neurotransmissores. Toda essa química determina nosso bem-estar. Pressões psicológicas podem agir em algo muito simples como um resfriado ou influenciar as doenças crônicas.
Muitas vezes, usamos mecanismos de defesas psíquicos e escolhemos não querer ver, sentir e acabamos reprimindo emoções, não queremos entender, fugimos daquilo que está se manifestando na nossa vida, fazemos de conta que está tudo bem.
Olhar para dentro de nós mesmos pode gerar muito desconforto, pois é mais fácil negar, racionalizar e fugir dos problemas, do que tomar atitudes que promovam uma mudança.
Vou citar Viktor Frankl – um dos fundadores do movimento humanista, quando diz que: “A última das liberdades humanas é escolher que atitude tomar em quaisquer circunstâncias, escolher o seu próprio caminho”.
Se fugirmos dos nossos problemas estamos apenas mascarando uma situação que inevitavelmente se apresentará em outra oportunidade. Vocês conhecem aquela frase: “Não adianta adiar o que é inevitável?”. Por isso, vamos começar encarando a situação, conscientizando o que você está sentindo. É sempre importante perguntar: “- Como eu estou passando por tudo isso?”. Nesse momento, você consegue se organizar internamente e buscar os recursos necessários para superar a situação.
Infelizmente, não é isso que a maioria das pessoas fazem, normalmente, a pergunta que se fazem é: “- Por que eu estou passando por isso?”. E, imediatamente, são invadidas por pensamentos obsessivos de culpa, cobranças, inseguranças e por aí vai, se fazendo de vítimas.
É muito mais fácil culpar os outros: a infância, o governo, a situação mundial… É mais prático culpar o externo pelos problemas que estamos tendo, pelas nossas fraquezas e desistir de lutar.
Chega de reclamar! Vamos encarar a causa dos nossos problemas, entendermos que todas as emoções têm uma função importante, que não adianta querer ignorar. As emoções nos dão sinais sobre como devemos atuar na vida.
Faz parte do nosso crescimento pessoal e da nossa evolução aprender a transformar emoções desequilibradas em sentimentos mais tranquilos, a mudança começa na sua forma de se comunicar e agir.
Pesquisas recentes mostram que o riso tem um efeito importantíssimo na recuperação de qualquer doença, o riso produz endorfina, hormônio que estimula o sistema imunológico. Uma pessoa bem humorada aprende com mais facilidade e expressa melhor sua criatividade.
Vamos lembrar do excelente filme do Robin Williams – “Patch Adams: O amor é contagioso”, onde é contada a história real da metodologia da Terapia do Riso nos hospitais. Aqui no Brasil, temos os Doutores da Alegria, uma ONG que também faz esse trabalho de visitar doentes, muitas vezes, em estado terminal.
Controlar excessivamente as emoções e sentimentos faz com que aumentemos nossa ansiedade, tensão, angústia, e pessimismo. Isso interfere no fluxo natural da energia do corpo e no funcionamento dos órgãos, gerando doenças psicossomáticas como: dores no estômago, problemas respiratórios, problemas na pele, dores no corpo, insônias e muitas outras.
A maneira como sua vida está hoje é resultado direto das suas ações e pensamentos, não é necessário uma mudança radical na sua forma de ser, apenas o comprometimento consigo mesmo de lidar com o momento presente de uma forma mais tranquila, desenvolvendo o amor próprio e sua paciência.
Para concluir, cito o filósofo Aristóteles: “O que fazemos não muda a nossa vida. A verdadeira mudança vem do que fazemos repetidamente”.
Wanderson (psicólogo clínico Junguiano)
Alquimia popular
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